17 março, 2010

Coimbra Cidade dos Sôtores

Mais uma noticia de fecho em Coimbra (ou arredores)....Nada de anormal neste distrito, que parece tão avesso a industrias e com tanta inércia na captação de investimento.
Desta vez foi a Poceram, uma indústria de cerâmica situada em Cernache. Passou o prazo para apresentação de propostas por parte de investidores interessados na recuperação da unidade industrial, seguindo-se agora a fase de liquidação dos activos.
São mais 150 Pessoas que perdem o seu posto de trabalho. Mais 150 famílias que vão ser afectadas.Para estas o futuro não se adivinha fácil. Para além da péssima conjuntura nacional, a zona distrital de Coimbra é muito parca em indústria, sendo portanto difícil recolocar no activo pessoas cuja experiência profissional é essencialmente de ambientes industriais. A reconversão, para muitas, já é bastante difícil e não garante quase nada. 
Para já,  há que tratar judicialmente de reaver os devidos salários.
No muito curto a curto prazo, estou convencido que os encerramentos, e falências fabris, vão terminar. Afinal, já quase não há tecido produtivo que o permita.

É mesmo verdade, Coimbra é cada vez mais (e exageradamente) a Cidade dos Sôtores.

2 comentários:

Luis Melo disse...

Sou contra o apoio do Estado a empresas privadas. Até porque na maioria das vezes o discricionário apoio é dado a empresas que não têm viabilidade e portanto trata-se de enterrar dinheiro numa empresa morta.

De qualquer forma impressiona-me como o Governo é tão rápido a dar apoios de milhões a empresas como a Quimonda (e veja-se o resultado) e esquece-se das PMEs como esta de Coimbra.

Sabe-se bem porquê. Porque a Quimonda aparece na TV e a Poceram não. O Governo, como se sabe, rege a sua acção pelo mediatismo das coisas, e não pela justiça ou bom senso.

RS disse...

Meus caros, Há aqui dois pontos que eu gostva de comentar:

Primeiro Coimbra
E segundo a Poceram.

Eu concordo em absoluto que apoio do estado deve ser dado a empresas que estão a crescer, ou que tenham perspectivas de crescer. No fundo ao dar subsídios, o estado está a investir o nosso dinheiro!
Portanto, sou um defensor acérrimo da velha máxima de que empresas que não são rentáveis devem morrer!

Agora que há um problema em Coimbra, isso há!
A verdade é que Coimbra deixou fugir empresas, e não ajuda a que se criem novas!
A Triunfo é um bom exemplo!
É inexplicável que uma cidade com tão bons acessos (A1, N1/IC2, IP3, A14), com Universidade, com tão boas condições de vida que podem atrair mais população, etc. não consiga atrair nada!
Algo de mal se passa!

Relativamente à Poceram fiquei chocado quando soube. Não era uma empresa qualquer! Chegou a facturar 25 milhões em 2006! E pelo que sei vai fechar com muitas encomendas por satisfazer.
Isto, pelo que me parece, é mais uma vez o resultado de uma gestão de...cócó.
É impressionante como há anormais que se apanham com dinheiro e enterram logo as empresas.
A descapitalização das empresas pelos seus “patrões” devia ser punida muito a sério.
Se a lei fosse rápida e cega, este tipo de situações não aconteciam com tanta frequência.